segunda-feira, 13 de abril de 2009

Canção e Estado de Espírito

Todos já experimentamos diversas sensações. Alegria, tristeza, coragem, medo, angústia, esperança, entre tantos outros, constroem o espírito humano. Individual ou coletivamente, sempre existem as variantes, alguns para mais, outras para menos.
Tem dias que levantamos com o "pé esquerdo" da cama. Também há dias que as portas se abrem diante de nós.
E para todos estes momentos, acabamos por associar alguma música. Pode não ser naquele exato momento, mas quando menos esperamos, aquele trechinho da letra, aquele refrão estridente, aquela sequência de ritmos e palavras nos acertam como um trem desgovernado. Quem já não sentiu o peso no coração ao se dar conta de alguma relação sua com uma música?
Voltando a Tolkien, em sua obra "O Silmarillion", ele fala da criação do seu mundo. O Deus supremo, Eru, em conjunto com seus vassalos, os Valar, criam os mundo através da melodia, da música. Há acordes que criam o ar, outros que criam a terra, e outros que criam o que nela habita. E todas as melodias são inspiradas pela cabeça de Ilúvatar (o nome pelo qual os elfos o chamam). E em todas essas melodias, apenas as que criam os Filhos de Ilúvatar os Valar não participaram. Esses filhos, viriam a ser os elfos e os homens.
Como toda a boa cosmogonia (conto de criação do universo), também foi nesse momento que surgiu aquele que representaria o mal do mundo - o primeiro e mais poderoso também seria o traidor e propagador de inúmeros crimes e deformidades ao mundo. O nome da canção é Ainulindalë, e essa é a música dos Ainur, o povo sagrado de Ilúvatar.
Essa é mais uma história, uma canção de bardo. É um estado de espírito no qual eu me foco algumas vezes, e no qual eu sempre espelho um novo começo.

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