terça-feira, 28 de abril de 2009

Música para Todos

Voltando a falar sobre música, sobre Blind Guardian e agora, falando de múltiplas versões.
O Blind Guardian lançou em seu álbum A Night At the Opera (2002) uma música com cinco versões diferentes - uma em cada língua - apresentadas para shows em diversos países. Originalmente eles cantam em inglês, apesar de serem alemães: afinal de contas, assim ditam as regras do power metal.
Notem as regras:
6. Você PRECISA cantar letras sobre dragões, liberdade e/ou power metal.
12. Baladas são permitidas.
30. A massa tem que cantar junto. Faça refrões pegajosos.
31. Cante em inglês, embora sua base de fãs seja composta basicamente de brasileiros, alemães, japoneses, suécos e finlandeses.
41. Não é turnê. É uma cruzada!
72. Nunca saia da Europa.
73. Devido à regra #72, Japão pode ser considerado parte da Europa.
74. Oh, e a América do Sul foi colonizada por europeus, então pode ser contada como Europa também.
Por essas e outras, as bandas hoje em dia preferem:
A- cantar em inglês
B- diversificar quando cantar em inglês se torna uma opção batida.
A música em questão, ao qual me referi no começo, é Harvest of Sorrow. A mesma possui uma versão em espanhol (Mies del Dolor), uma e castelhano (La Cosecha de Dolor), uma em italiano (Frutto del Buio) e uma em francês (Moisson de Peine). Ou seja, cinco versões da mesma música!!

Harvest of Sorrow

She is gone
Leaves are falling down
The tear maiden will not return
The seal of oblivion is broken
And a pure love's been turned into sin

At the dawn of our living time
Hope may cover all cries
Truth lurks hidden in the shadows
Dreams might be filled with lies
Soon there will be night
Pain remains inside

Suddenly it seemed so clear
All the blindness was taken away
She closed her eyes
And she called out my name
She was never ever seen again

Harvest of sorrow
Your seed is grown
In a frozen world full of cries
When the ray of light shrinks
Shall cold winter nights begin

She is gone
And I fall from grace
No healing charm covers my wounds
Fooled's the dawn
And so I am
Fooled by life and a bitter doom
To bring you the end of the day

At the dawn of our living time
Hope it soon will pass by
Facing a darkness
I stand alone

Harvest of sorrow
Your seed is grown
In a frozen world full of cries
When the ray of light shrinks
Shall cold winter nights begin

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Imagem Inspiradora


Essa eu vi num álbum de fotos de um amigo no orkut

Ventos da Mudança

A mudança é uma constante presente desde o início da humanidade. Tudo muda o tempo todo. As pessoas, as coisas, as palavras, até aquela velha vontade de fazer tudo sempre do mesmo jeito acaba mudando.
Mudar nem sempre é fácil. As vezes machuca muito. Mas toda mudança tem um lado positivo - nem que seja do tamanho de um grão de areia. Uma antiga canção fala dos ventos da mudança, onde fala da magia do momento, de uma noite de glória, de sonhos compartilhados por crianças.
Bom seria se todas as mudanças fossem assim...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Canção e... Silêncio???

Acredito que todas as pessoas, ao menos uma vez na vida, já foram flagradas cantando. O que cantamos muitas vezes é parte daquilo que refletimos. Alguns gostam de axé, outros de dance music, outros de xaxado, e ainda há os que gostam de sertanejo. Os gostos e estilos musicais são os mais variados.
Mas, já pararam para se perguntar que mensagem está sendo passada pela música que toca na sua cabeça?
Existem músicas que são fantásticas e outras que são medíocres. Mensagens que enaltecem e outras que ridicularizam. Eu prefiro as que engrandecem, as que falam de feitos épicos, heróicos. No Brasil poucos artistas se preocupam com esse tema, por isso ouço muito música internacional. Bandas estrangeiras - principalmente européias - fazem deste tipo de tema um mote para toda uma discografia.
Anteriormente eu citei Bling Guardian. Esta é apenas uma das minhas muitas bandas favoritas. Rhapsody, Angra, Iron Maiden, Led Zepellin, Queensrÿche, Nevermore, Whitesnake, After Forever, Deep Purple, AC/DC, Avantasia, entre inúmeras, fazem parte de meu repertório.
Contudo, em muitos momentos na vida, o silêncio é quem impera. Em muitas situações ficamos calados: quando dormimos, quando nos concentramos ao extremo, quando estamos apreensivos ou tensos. Silêncio é, contudo um estado de espírito também. Estarmos calados não significa estarmos inertes. Poderia fazer aqui inúmeras considerações sobre o silêncio, mas Bardos não podem se calar.
O silêncio pode ser sim um bom companheiro, mas nada supera aquela sensação de estarmos ouvindo uma música ao vivo, ou gravada ao vivo, quando o coro de dezenas de milhares de pessoas consegue entoar a letra milimetricamente precisa, quando aquele conjunto de vozes harmonizadas consegue variar a nota no mesmo ritmo do vocalista e quando a banda se rende e deixa todas à capela. Isso, para mim, é o mesmo que ouvir a voz da vida, a voz dos Deuses Sagrados do Metal.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Canção e Estado de Espírito

Todos já experimentamos diversas sensações. Alegria, tristeza, coragem, medo, angústia, esperança, entre tantos outros, constroem o espírito humano. Individual ou coletivamente, sempre existem as variantes, alguns para mais, outras para menos.
Tem dias que levantamos com o "pé esquerdo" da cama. Também há dias que as portas se abrem diante de nós.
E para todos estes momentos, acabamos por associar alguma música. Pode não ser naquele exato momento, mas quando menos esperamos, aquele trechinho da letra, aquele refrão estridente, aquela sequência de ritmos e palavras nos acertam como um trem desgovernado. Quem já não sentiu o peso no coração ao se dar conta de alguma relação sua com uma música?
Voltando a Tolkien, em sua obra "O Silmarillion", ele fala da criação do seu mundo. O Deus supremo, Eru, em conjunto com seus vassalos, os Valar, criam os mundo através da melodia, da música. Há acordes que criam o ar, outros que criam a terra, e outros que criam o que nela habita. E todas as melodias são inspiradas pela cabeça de Ilúvatar (o nome pelo qual os elfos o chamam). E em todas essas melodias, apenas as que criam os Filhos de Ilúvatar os Valar não participaram. Esses filhos, viriam a ser os elfos e os homens.
Como toda a boa cosmogonia (conto de criação do universo), também foi nesse momento que surgiu aquele que representaria o mal do mundo - o primeiro e mais poderoso também seria o traidor e propagador de inúmeros crimes e deformidades ao mundo. O nome da canção é Ainulindalë, e essa é a música dos Ainur, o povo sagrado de Ilúvatar.
Essa é mais uma história, uma canção de bardo. É um estado de espírito no qual eu me foco algumas vezes, e no qual eu sempre espelho um novo começo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Bardos Modernos

Mais uma vez estou aqui para falar sobre Bardos, particularmente os de nossa época. Me referi no post anterior a uma banda, o Blind Guardian, a qual eu gosto muito e trabalha bem no quesito contar histórias. Seus álbuns apresentam referências a um outro grande bardo moderno, John Ronald Reuel Tolkien, que criou sua obra baseada em histórias colhidas do imaginário popular europeu. Obras como O Silmarillion e O Senhor dos Anéis são referência para quem quiser conhecer e entender um pouco sobre o processo de contar histórias. A expressão encontrada em suas obras, atingem um grau de capricho, de esmero, de perfeição, que beiram à verosimilhança. Ganham vida facilmente diante de nossos olhos. Ainda mais com a grandiosa superprodução Hollywoodiana de Peter Jackson. Mas não vim falar de cinema hoje.
O Blind Guardian possui outra canção que fala de Bardos: The Bards' Song - The Hobbit, que conta um pouco da história passada em outra obra de Tolkien, o homônimo "O Hobbit".

Out in the distance
There's so much gold
The treasure that I've found
Is more than enough
Far to be the hill we've to go
Over the mountain and seas
To the old hill
Where the old dragon sleeps
Blind in the dark dungeon's night
So God please take me away from here
And Gollum shows the way right out

I'm alive

The dying dragon brought trouble and pain
And horror to the halls of stone
I'll take the mighty stone
And leave the dwarves behind
Ice and fire and forest we passed
And horror in the halls of stone

Trolls in the dark
The dawn took them all
Caught in the wood
By the wooden kings' men
But now I'm alone
'Cause I've made up my mind
By the spell of gold

The king under the mountain
Will risk the great war
Oh what a fool
He's losing control
So I am trying to find a way
Blind in the dark dungeon's night
Then darkness comes from the northern side
And Thorin clears his mind

Aqui temos o exemplo claro daquilo que os bardos cantam: o bem versus o mal, heróis e vilões, jornadas em busca de tesouros, vitórias e derrotas. Esta história em particular mudou muito minha vida. Foi o primeiro contato que tive com Tolkien. Me lembro como se fosse ontem: eu estava na faculdade de química, quando uma amigo me falou sobre o livro e disse que muitos conhecidos em comum já haviam lido. Procurei na biblioteca e encontrei uma edição de Portugal. Me agarrei no livro e não soltei até terminar. Foi uma descoberta, um despertar. Hoje sou Tolkemaníaco confesso e arredio - não falem mal perto de mim (Paulo sabe bem o porquê). Já estudei muito a mitologia e as obras de Tolkien, mas hoje isso está relegado a segundo plano - afinal de contas, nem sempre uma paixão pode sustentá-lo! Quando eu estava trabalhando de carteira assinada, ganhando relativamente bem, eu comprei numa tacada só O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion. Bons tempos...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

As cançoes dos Bardos

O que são os bardos?
Um bardo, na história antiga da Europa, era uma pessoa encarregada de transmitir as histórias, as lendas e poemas de forma oral, cantando a história de seus povos em poemas recitados. Era simultaneamente músico e poeta e, mais tarde, seria designado de trovador. É a principal raiz da música tradicional irlandesa.
Essa figura, importante na divulgação dos saberes populares, ganhou maior destaque com o surgimento nos últimos anos da enorme gama de livros sobre fantasia medieval e os jogos de RPG - Role Playing Games.
Praticamente qualquer jovem sabe - ainda que não tudo - o que é um bardo.
E o que significa ser um bardo?
Não é ser um bardo que é algo significante, é saber que as histórias que você cantar, contar, espalhar, propagar, permanecerão perpetuadas nas mentes dos demais. Essa figura, hoje imortalizada, é também esquecida - talvez exceto por poucos nomes, como o do escritor e dramaturgo inglês William Sheakspeare, que recebeu a alcunha de "O Bardo".
Acredito que uma das melhores definições do que é um bardo esteja na música "The Bard's Song - In The Forest" da banda alemã Blind Guardian.

Now You all know
The bards and their songs
When hours have gone by
I'll close my eyes
In a world far away
We may meet again
But now hear my song
About the dawn of the night
Let's sing the bards' song

Refrão:
Tomorrow will take us away
Far from home
Noone will ever know our names
But the bards' songs will remain
Tomorrow will take it away
The fear of today
It will be gone
Due to our magic songs

There's only one song
Left in my mind
Tales of a brave man
Who lived far from here
Now the bard songs are over
And it's time to leave
Noone should ask You for the name
Of the one
Who tells the story

Refrão:
Tomorrow will take us away
Far from home
Noone will ever know our names
But the bards' songs will remain
Tomorrow all will be known
And You're not alone
So don't be afraid
In the dark and cold
'Cause the bards' songs will remain
They all will remain

In my thoughts and in my dreams
They're always in my mind
These songs of hobbits, dwarves and men
And elves
Come close Your eyes
You can see them, too

Porque iniciar esse Blog?
Eu sou um bardo, minha função é contar histórias. Meu nome? De que importa? O importante serão as canções que serão lembradas por vocês.